quinta-feira, abril 07, 2005

O atleta tem sempre o benefício da dúvida

Ao ver a transmissão televisiva da natação nos jogos Olímpicos, fiquei chocado ao ver os melhores atletas do mundo a fazer ilegalidades debaixo das barbas dos "melhores" àrbitros de natação do mundo sem serem desqualificados.

Após uma reflexão serena sobre estes factos consegue-se perceber porquê:

  • Em primeiro lugar porque a regra de ouro na arbitragem é muito simples: "O nadador tem sempre o benefício da dúvida", ou seja, ou o juiz tem a certeza ou não deve relatar nada.
  • A segunda razão deve-se ao facto de o juiz estar no cais da piscina, com luzes a incidir sobre a água que não está parada e que possivelmente contem alguma espuma a pertubar a sua visão e nós estarmos a ver uma viragem numa câmara submarina onde não temos quaisquer factores a prejudicar a nossa visão.
  • Infelizmente não sei o que é ter essa responsabilidade, mas como estes juizes são pessoas, penso que é possível que sintam a pressão de estarem a ser avaliados por muitos milhões de pessoas e o medo de errar deve ser enorme.
  • E finalmente porque existem penalizações caso haja um erro no seu desempenho. Temos como exemplo o juiz que desqualificou o atleta dos EUA.
Com todos estes factores consegue-se compreender que alguns atletas consigam "safar-se" o que não quer dizer que o seu desempenho esteja dentro das regras!

O que acontece nas nossas provas, distritais e nacionais, é muito semelhante embora não tenhamos a pressão que estes senhores têm (eu pessoalmente nunca tive problemas em desqualificar quem quer que fosse) mas tal como todos os outros juizes, existem situações que deixam dúvida e porque deixam dúvida não são reportadas...

Luis Sardinha

4 comentários:

Anónimo disse...

A falar de boca cheia... Sabes tanto, tanto…

Devias era ter vergonha de ter desclassificado na Taça do Ribatejo a equipa feminina do CNLA em 3 de 4 estafetas.
As duas meninas de 1993 não preenchiam claramente os teus critérios de avaliação para atletas absolutos, mas sinceramente, não aprovo essa conduta! Penso que uma chamada de atenção individual às atletas e ao seu técnico resolveriam melhor a questão.

Presta bem em atenção quantos quilómetros percorreu esta equipa para ficar apenas classificada nos 4x100E, sendo que em duas das três desclassificações nem aparece nos resultados oficiais apresentados em www.ands.pt! Simplesmente VERGONHOSO!

Qual é o impacto que um desempenho daquela equipa de arbitragem pode ter naquelas duas meninas?
Aposto que não é de motivação para continuar! Muito triste!
Vou também ficar à espera, para ver se para o ano o CNLA regressa a esta prova.

Aprende!
Sim, aprende, mas não com quem sabe, porque tu já sabes tudo!
Aprende simplesmente o básico da vida, que se chama senso comum!

Abraços Aquáticos

Bem Visto

PS: Por este post, pode-se pensar que “Bem Visto” é alguém do CNLA. Mas assim não é! Simplesmente é alguém que tem olhos para ver e continuar a apontar o que vai mal.

Unknown disse...

Boa tarde,

Em primeiro lugar deixe-me dizer-lhe uma coisa para que fique bem claro, isto não é o fórum da ANDS.
Para fazer esse tipo de insinuações já tem um local não precisa de outro.

Desta vez estou a responder-lhe, da próxima não só não lhe respondo como apago o seu comentário! Se quer que eu lhe responda escreva no fórum e identifique-se.

Em resposta ao seu email deixe-me dizer-lhe que, uma vez que não me recordava onde tinha sido a prova, consultei o site da ANDS e verifiquei que a Taça do Ribatejo foi feita em Alcanena. No entanto, eu não tive presente nessa prova!

Luis Sardinha

Luis Medalhas disse...

Como fica pelas meias palavras e insinuações, não conseguimos perceber qual a razão das desqualificações.

Como também não estive na prova, não consigo perceber qual é a sua contestação, será que o problema é de as meninas serem de 1993 e por isso não deveriam ser desqualificações?!

A equipa de arbitragem está lá para garantir que a competição seja justa e que as regras e regulamentos sejam respeitados.
Não há regras para atletas de 1993 e outras para atletas de 1980.

O critério de um árbitro deve ser uniforme e consistente durante toda a prova, só assim ela será justa para todos.
Só conheço uma forma de o fazer, que é aplicando as regras que existem.


Luis Medalhas

Anónimo disse...

numa associação que eu conheço e que o meu marido é juiz,existe um atleta de um clube que se aproveita na braçada sub-aquatica (no estilo de bruços)para fazer o batimento de golfinho.Claro que os juizes estão todos atentos quando esse atleta vai nadar e é desclassificado.O certo será dizer que o treinador e o delegado desse clube estão sempre a dizer mal destes juizes.As pessoas deveriam pensar primeiro no porquê de ser desclassificado para não atingir o trabalho deos juizes

Graça Vilarinho