segunda-feira, novembro 06, 2006

Balanço das Águas Abertas

Com a época de piscina a começar e a temporada de águas abertas terminada, venho fazer um balanço da mesma.

Este ano tive a felicidade de participar em 4 provas, Sines, Challenge e na taça do Mundo em Setúbal como árbitro e nos templários como nadador.

E o balanço que faço até é positivo, as travessias continuam a ser um lugar de convívio e com o ambiente bastante agradável.

Nos templários tive oportunidade de gozar mais deste ambiente já que estava livre do frenesim da organização da prova.

Em relação à arbitragem destas provas para mim foi o ano zero, ou seja foi um ano de aprendizagem, e não foi só pelo curso de Águas Abertas que tivemos, mas principalmente porque este ano estive atento a mais pormemores que me escapavam.

No entanto as coisas até correram bastante bem nas provas em que participei, mas há pontos a melhorar.

Para além das questões de segurança que essas deixo para a organização mas deverão ser sempre uma prioridade nestas provas, compreendo que não é fácil arranjar os barcos desejados.

Mas em relação a arbitragem, há dois pontos fundamentais nestas provas, a chegada e o percurso. Em relação ao percurso deve ter o comprimento que vem no regulamento pelo menos um valor aproximado (porque não usar ferramentas como o Google Earth e GPS); outra questão com percurso é a sua profundidade é fundamental que tenha aproximadamente os 90 cm.

A questão da chegada é fundamental para o sucesso da prova, para além do funil a meta deve ser clara para os nadadores e para os juizes. Também é importante que a posição dos juizes permita estabelecer uma ordem de chegada de uma forma fácil e ordeira. Uma meta como havia na prova da taça do mundo penso que é a ideal.

A meta dos templários pecava por não ser clara, embora permita facilmente estabelecer um ordem de chegada, no caso do challenge era a possível confusão gerada após a chegada que complicava as coisas, quando chegam 3 ou 4 de cada vez as coisas são simples mas quando chegam 10 já se complica.

Todos nós gostariamos de ter nas nossas provas sistemas semi-automáticos de cronometragem, mas não me parece possivel numa prova como challenge com 400 nadadores, que tenhamos 800 transponders, ou até mesmo 200 se considerarmos apenas as que contam para circuito nacional (espero que esteja enganado).


Concluindo penso que o balanço das provas que participei foi bastante positivo, ambientes extraordinários só espero que esta modalidade continue a ganhar força não perdendo o cariz popular, mas que outros nadadores também comecem encarar as águas abertas não como uma modalidade de férias da natação pura, mas para isso seria necessário alargar o calendário.

3 comentários:

Beba Água disse...

Gostei de ler. Boa análise, Luís.

DM disse...

Luís:

Embora a análise esteja boa, existem alguns pontos q esperava ver abordados.

Um deles, embora não sendo relacionado c a ANDS, foi o facto da FPN ter desautorizado o Cons. Reg. de Arbitragem da ANNP ao anular os resultados homologados numa prova.

Depois disso, há um rol de atitudes sobejamente conhecidas: nadadores escandalosamente favorecidos, não pelo seu mérito desportivo ou resultados obtidos, mas pq são amigos ou treinados por alguns senhores da FPN; idas a competições e estágios internacionais sem critérios; responsáveis da FPN pelas AA a passear em Itália em vez de estarem nas provas nacionais de AA q deram barraca; etc, etc.

Por tudo isto, considerar este como ano zero é bastante lisonjeiro. Seria melhor chamarmos-lhe ano -1. Pode ser q para o ano então seja o zero.

Luis Medalhas disse...

Caro Duarte,

Um deles, embora não sendo relacionado c a ANDS, foi o facto da FPN ter desautorizado o Cons. Reg. de Arbitragem da ANNP ao anular os resultados homologados numa prova.

Em relação a este assunto pelo que percebi não houve anulação da prova, e corrija-me se estiver enganado, houve sim o retirar da prova do circuito nacional.
Em relação à decisão de a retirar do CNAA não discuto, é uma decisão pode ser boa ou má, desde que seja fundamentada, penso que mais criticável será o tempo que levou a ser tomada.

Depois disso, há um rol de atitudes sobejamente conhecidas: nadadores escandalosamente favorecidos, não pelo seu mérito desportivo ou resultados obtidos, mas pq são amigos ou treinados por alguns senhores da FPN; idas a competições e estágios internacionais sem critérios; responsáveis da FPN pelas AA a passear em Itália em vez de estarem nas provas nacionais de AA q deram barraca; etc, etc

Não vou entrar por aí, porque desconheço os critérios e nem me sinto à vontade para os discutir.
E muito menos vou comentar a pertinência das viagens dos dirigentes da FPN.